Federica Montseny – Biografia

“No soy más que una militante libertaria. Ni líder, ni dirigente, ni jefe, porque en la CNT no ha habido, ni hay, jefes, dirigentes ni líderes, sino hombres y mujeres libres que luchan codo con codo, en igualdad de condiciones y sacrificios, por un ideal emancipador.”

Federica Montseny

A história pessoal de Federica Montseny Mañé corre paralela a do anarco-sindicalismo espanhol, da F.A.I. e da CNT, a organização na qual estave ativa durante toda a sua vida. Federica Montseny nasceu em 12 de fevereiro de 1905, em Madri. Filha de um casal de teóricos anarquistas, Juan Montseny (Federico Urais) e Teresa Mañé (Soledad Gustavo) .

Desde a sua infância, Federica foi educada em princípios libertários, que defendiam uma nova sociedade baseada na liberdade individual e na abolição do Estado, uma sociedade sem classes dominantes ou dominadas. A forte influência de sua família dão a ela um pensamento e atitude vital, fazendo da jovem Federica uma escritora promissora.

Aos dezesseis anos ela escreveu seu primeiro trabalho: Horas Trágicas. A partir deste momento, colabora regularmente na imprensa anarquista com seus artigos sobre naturismo, pacifismo, anarquismo e, acima de tudo, feminismo. Uma das ideias mais profundamente enraizada na concepção anarcofeminista de Federica Montseny foi a necessidade de uma educação universal, que não excluísse as mulheres, como foi feito sistematicamente. Ela defendia uma educação autenticamente gratuita, onde as mulheres tinham a opção de escolher seu próprio modo de vida, onde o poder de decisão era uma realidade e não apenas um desejo utópico. Em busca desse objetivo, passou a maior parte de sua vida. E para isso usou as únicas ferramentas disponíveis para ela: palavras, livros, idéias.

Federica escreveu, ao longo de sua vida, mais de seiscentos artigos, numerosas histórias de ficção, romances e ensaios. Entre seus títulos mais importantes incluem: “La indomable”, “El anarquismo militante y la realidad española”, “La Comuna de París y la Revolución Española” entre outros. No entanto, pode-se afirmar categoricamente que sua atividade revolucionário deixou sua carreira como intelectual em segundo plano.

Montseny foi a primeira mulher na Espanha, e uma das primeiras no mundo, a assumir uma tarefa de ministra, da Sáude e Assistência Social, durante a Segunda República. Seu mandato como ministra foi breve, apenas metade de um ano, entre novembro de 36 e maio de 37 e apesar de não haver tempo ou oportunidade de realizar importantes reformas, foi responsável pela promulgação de uma lei do aborto, suficientemente avançada para a época.

Depois de deixar o governo e derrota na Revolução Espanhola, o exílio levou-a a França, na amarga humilhação de ver milhares de companheiros detidos sem receber a ajuda para continuar a luta anti-fascista. Segundo Federica, esses foram os piores momentos de sua vida. Pouco depois de estar na França, a Segunda Guerra Mundial começa, assim como as perseguições do exército nazista, Felizmente, quando estava prestes a ser deportada para a Espanha do general Franco, sua terceira gravidez a impediu. Depois da guerra, ele se estabeleceu permanentemente na cidade francesa de Toulouse. E embora em 1977 ella finalmente pudesse retornar a Espanha, decide continuar a viver na França até o dia de sua morte, que ocorreu em 14 de janeiro de 1994.

Durante seu longo exílio, Federica trabalhou ativamente para manter os princípios do anarquismo vivos, dando palestras, escrevendo artigos, etc., bem como para a reconstrução da CNT.

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